A programação metabólica materna e fetal é um conceito criado para compreendermos como os hábitos de vida da mãe impactam diretamente na saúde do bebê em curto e longo prazo.
Conseguir prevenir doenças e mudar hábitos de vida antes da concepção pode ser decisivo na saúde de uma criança. Mas isso não significa que, caso a mãe não saiba que está grávida e tenha algum hábito nocivo, isso irá prejudicar permanentemente o seu bebê.
Para entender como isso acontece, continue lendo este artigo e descubra como a vida intrauterina impacta o desenvolvimento da criança no futuro.
O que é programação metabólica materna e fetal?
Isso significa, por exemplo, preparar o organismo da mulher para a concepção através de uma avaliação multifatorial. Dessa forma, uma equipe irá trabalhar para minimizar os riscos que já existem de acordo com o estado de saúde da futura mãe.
Além disso, também são investigadas as condições que favorecem o surgimento de doenças na vida adulta desse bebê, especialmente aquelas relacionadas ao metabolismo.
Um exemplo sobre o qual podemos pensar para ilustrar essa questão é o ganho de peso durante a gestação.
A obesidade na programação metabólica
Quando a gestante não segue um acompanhamento adequado sobre a sua dieta e ganho de peso, é possível que ela engorde acima do nível saudável e consuma alimentos pobres em nutrientes como fast foods.
E esse estímulo nutricional tem respostas adaptativas do feto, para que ele sobreviva mesmo em condições não ideais. E essa resposta tem consequências para o resto da vida do bebê, como por exemplo alterações na fisiologia, no metabolismo e no epigenoma.
Uma das questões mais pontuais dentro da programação metabólica materna fetal é o risco de resistência insulínica e desenvolvimento de obesidade na vida adulta.
Isso acontece por alguns motivos, dentre eles está a maior influência dos gametas da mãe do que os do pai e as alterações adaptativas que o feto sofre a partir dos hábitos alimentares da gestante.
Nesse sentido, manter uma alimentação saudável pode prevenir diversas doenças não transmissíveis na vida adulta como problemas cardíacos, distúrbios metabólicos e até intolerância a certos tipos de alimentos.
Os hábitos da mãe irão ditar a saúde do bebê para sempre?
Essa é uma questão bastante delicada e a resposta depende de vários fatores.
Por exemplo, se a mãe é fumante e cria o seu filho em um ambiente onde existe o consumo de tabaco, as chances de ele crescer e se tornar um dependente desse aditivo são grandes.
Porém, caso a mãe tenha hábitos ruins como uma má alimentação durante a gestação, mas mude o seu comportamento e repasse isso à criança, esse jogo pode mudar. Isso porque, além da influência intrauterina, a influência do meio em que a criança vive também é muito forte.
Logo, é possível que um quadro estabelecido na gestação seja revertido através da adoção de hábitos saudáveis ao longo da vida.
Como saber se estou saudável para conceber um bebê?
Eu sempre gosto de dizer que a preparação é a chave para uma gestação saudável, tanto para a mãe quanto para o bebê. E existem exames que podem te ajudar nessa jornada em se tornar uma gestante que vence!
Dentre eles posso destacar os seguintes exames laboratoriais:
- Hemograma;
- Ferritina e saturação de transferrina;
- Fator Rh;
- Glicose;
- Dosagem de micronutrientes;
- Sorologias para toxoplasmose, citomegalovírus, rubéola;
Além disso, busque um acompanhamento que observe todos os fatores de risco que podem aparecer na sua gestação consultando um especialista em cuidado materno-fetal. Esse profissional será a melhor pessoa para aconselhar e explicar como ter uma gestação saudável e tranquila.
E se você deseja se tornar mãe, a melhor hora de se preparar é agora. Por isso, clique no botão abaixo para agendar a sua consulta comigo e começar a planejar essa nova vida que irá chegar.